"Bolsonaro criou uma crise militar ao contrário", diz Luís Costa Pinto

247 - O jornalista Luís Costa Pinto, em entrevista à TV 247, chamou o desfile militar pela Esplanada dos Ministérios de “farsa”, “patético” e “piada”, mas afirmou que a intenção das Forças Armadas, subordinadas a Jair Bolsonaro, foi sim intimidar o Congresso Nacional, o Judiciário e a democracia brasileira no dia da votação da PEC do voto impresso.A exibição, porém, segundo o jornalista, serviu para mostrar o quão frágil são as Forças Armadas do Brasil. “O desfile foi tão bizarro que envergonhou os militares, ele [Bolsonaro] criou uma crise militar ao contrário, expôs a esquálida força brasileira. É uma coisa que a gente tem que ter muito claro”.

“Algumas fontes militares me diziam que o Bolsonaro não sustentaria esses arroubos contra a Venezuela, por exemplo, e não sustentou, porque o Brasil não tem condições de segurar 48 horas de artilharia contra qualquer vizinho seu, exceto a Bolívia”, completou.

Lula

A precariedade das Forças Armadas, para Luís Costa Pinto, evidencia a incoerência da posição contrária dos comandantes militares em relação ao ex-presidente Lula.

Foi no governo do petista que, diz o jornalista, os militares tiveram seu poderio renovado. “A gente tem um Exército, uma Marinha, uma Aeronáutica absolutamente desaparelhados, e é isso que espanta quando a gente vê esses comandantes militares se arvorarem a serem impeditivos a legítima pretensão do Lula de ter um terceiro mandato de presidente da República e de dizerem que Lula é a crise. Foi nos dois mandatos do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o Exército brasileio, que a Aeronáutica, que a Marinha conheceram seus maiores programas de reaparelhamento, de renovação de material bélico”.

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