É hora de pôr freio de arrumação na Saúde e vacinações de covid, diz Vecina
O Brasil caminha a passos lentos na vacinação contra a covid-19. Boletim divulgado ontem pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte mostra que apenas 39,63% das crianças entre 3 e 11 anos concluíram o ciclo vacinal contra a doença. Levantamento do UOL aponta que ao menos 13 capitais suspenderam a vacinação infantil por falta de doses.
Em participação no UOL News desta quarta, o médico sanitarista Gonzalo Vecina criticou a gestão de Jair Bolsonaro (PL) pela demora na aquisição de vacinas. Ele também cobrou o governo Lula (PT) para agilizar e organizar os programas de vacinação nacionais - não apenas com relação à covid-19, mas também contra outras doenças.
Há muitos crimes cometidos na gestão do Ministério da Saúde que saiu e que precisam ser apurados. Agora, o daqui para frente está na hora de assumir. O novo governo se comprometeu com cerca de dez itens, e talvez o mais importante seja acertar o esquema vacinal. Está na hora de pôr um freio de arrumação. Gonzalo Vecina, médico sanitarista
Josias: Gigantismo de investigações contra golpistas conspira contra relógio e favorece prescrição
As investigações para apurar os responsáveis pelos atos golpistas do dia 8 tropeçam em seu próprio tamanho. Em participação no UOL News, o colunista Josias de Souza disse temer que a Justiça não dê conta de investigar tantas pessoas e um volume tão grande de material. Ele também alertou para o risco de impunidade dos envolvidos aos ataques às sedes dos três Poderes.
No Brasil, o crime é muito perto, mas a Justiça mora muito longe. No caso dos ataques de 8 de janeiro, o gigantismo das investigações conspira contra o relógio e favorece a prescrição. A pulverização desses processos seria um convite à frustração. Josias de Souza, colunista do UOL
Desafio de Haddad é retirar ricos da planilha de privilégios, avalia Josias
Em participação no Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça), Fernando Haddad disse que o governo quer a reforma do Imposto de Renda no segundo semestre. Para Josias, trata-se de uma tarefa árdua para o ministro da Fazenda.
O grande desafio do Haddad não é colocar os pobres no orçamento, como prometeu Lula, mas sim retirar os ricos da planilha de privilégios concedidos pelo Estado. Ele quer tributar os dividendos e reduzir o Imposto de Renda para as faixas mais baixas da classe média. É muito difícil de fazer, embora seja muito fácil de falar. Josias de Souza, colunista do UOL
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