Medicina
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Por O GLOBO — São Paulo

Estudo publicado recentemente na revista científica Journal of the Royal Society of Medicine descobriu que 59% dos pacientes com Covid longa persistiam com danos em órgãos um ano após os sintomas iniciais. Isso foi observado até em pessoas que não foram gravemente afetadas pelo novo coronavírus.

No novo trabalho, pesquisadores da Universidade Oxford, no Reino Unido, analisaram 536 pacientes com sintomas persistentes de Covid que relataram falta de ar extrema, disfunção cognitiva e má qualidade de vida relacionada à saúde. Destes, 13% foram hospitalizados em decorrência da infecção e 32% eram profissionais de saúde. Todos os participantes foram acompanhados seis meses e um ano depois com uma ressonância magnética de múltiplos órgãos.

Os resultados mostraram que nos acompanhamentos de seis meses e um ano, 29% dos pacientes com Covid longa apresentavam comprometimento de múltiplos órgãos, como coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado e baço, com sintomas persistentes e função reduzida.

Entre seis meses e um ano após o diagnóstico inicial, o estudo relatou uma redução dos sintomas de longo prazo. A falta de ar extrema, por exemplo, caiu de 38% para 30% dos pacientes, a disfunção cognitiva de 48% para 38% e a má qualidade de vida relacionada à saúde de 57% para 45%. Mesmo assim, após um ano, 59% dos pacientes ainda apresentaram comprometimento de um único órgão. Isso era mais comum em mulheres jovens.

"Vários estudos confirmam a persistência de sintomas em indivíduos com Covid longa por até um ano. Agora acrescentamos que três em cada cinco pessoas com Covid longa têm comprometimento em pelo menos um órgão e um em quatro tem comprometimento em dois ou mais órgãos, em alguns casos sem sintomas", disse Amitava Banerjee, professor de Ciência de Dados Clínicos no UCL Institute of Health Informatics.

Os mecanismos subjacentes da Covid longa permanecem indefinidos. De acordo com os autores, pesquisas futuras devem considerar associações entre sintomas, comprometimento de múltiplos órgãos e função em populações maiores.

"O comprometimento de órgãos no COVID longo tem implicações nos sintomas, na qualidade de vida e na saúde a longo prazo, sinalizando a necessidade de prevenção e atendimento integrado para pacientes com COVID longo", concluiu Banerjee.

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