Medicina
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Por O GLOBO — São Paulo

Estudos com uma nova vacina contra malária em desenvolvimento pela Fiocruz vêm apresentando resultados promissores no tocante ao efeito bloqueador da transmissão do parasita causador da doença. As informações foram apresentadas pela vice-diretora de Pesquisa e Inovação e pesquisadora da Fiocruz Amazônia Stefanie Lopes, juntamente com a bolsista de pós-doutorado Camila Fabbri, do Laboratório de Diagnóstico e Controle de Doenças Infeciosas (DCDIA), durante a 92ª Reunião Anual da Sociedade Japonesa de Parasitologia, realizada em Kanazawa, no Japão.

“Trata-se de uma reunião entre o grupo de pesquisadores e o financiador a fim de avaliar o status do desenvolvimento do projeto financiado, uma vez que completa um ano de atividades (metade do tempo total)”, disse Lopes, à Agência Fiocruz de Notícias.

O desenvolvimento da pesquisa é executado pela Fiocruz Amazônia, em parceria com a Fundação de Medicina Tropical (FMT). Mas o projeto conta com financiamento do Fundo Global de Tecnologia Inovadora em Saúde (GHIT), do Japão.

A Fiocruz Amazônia conta com uma plataforma voltada à realização de ensaios para testagem de substâncias, bem como novas formulações vacinais para a malária causada pelo Plasmodium vivax, parasita responsável pela maioria dos casos da doença no Brasil.

“Esta plataforma pode avaliar atividade antimalárica ex vivo contra estágio sanguíneo do parasita, assim como a atividade no bloqueio da transmissão do parasita ao vetor em ensaios in vivo através da infecção experimental de Anopheles colonizados”, afirmou Lopes.

De acordo com a pesquisadora, na avaliação preliminar, a pesquisa demonstrou um elevado efeito da vacina produzida pelo grupo no desenvolvimento do parasita (Plasmodium vivax) no mosquito vetor da doença, o Anopheles, e, portanto, tendo um potencial efeito no bloqueio da transmissão da malária.

Em breve, a plataforma também ajudará a conduzir um ensaio in vitro contra o estágio hepático do parasita. Esse estágio é importante pois, segundo a pesquisadora, um dos grandes gargalos para o controle da malária vivax reside na existência de um estágio latente no fígado, o hipnozoito, que é responsável pelo reaparecimento da doença sem a necessidade de uma nova picada do mosquito infectado.

Os medicamentos disponíveis para atacar este estágio do parasita, a primaquina, e o seu substituto em dose única, a tafenoquina, não podem ser utilizados amplamente devido aos seus efeitos colaterais em determinadas pessoas, como gestantes e deficientes em G6PD.

“Portanto, a busca por novas substâncias com este potencial se faz necessária”, ressalta Lopes.

O encontro também permitiu discutir os próximos passos do projeto, necessários para o desenvolvimento da vacina para testes futuros em ensaios clínicos como a produção em maior escala e padrões de garantia de alta qualidade.

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