Ciência
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Por O GLOBO — Rio de Janeiro

Cientistas da Universidade de Fudan, em Xangai, desenvolveram uma nova técnica para combater o câncer que, em estudos iniciais com camundongos, fez com que tumores de mama encolhessem ou desaparecessem em apenas duas semanas. O experimento com a novidade fez parte de um trabalho recém-publicado na revista científica Science Advances.

A tecnologia consiste em uma bateria autocarregável que é implantada no tecido do tumor para consumir o oxigênio das células cancerígenas, um processo chamado de hipóxia. Com isso, as células tornam-se alvo de uma nova classe de medicamentos em desenvolvimento chamada pró-fármacos ativados pela hipóxia (HAPs, da sigla em inglês).

Essas drogas, que ainda não foram aprovadas para uso clínico e também estão em testes, matam apenas o material privado de oxigênio, sem afetar o tecido saudável. Segundo os autores do estudo, “o consumo sustentável de oxigênio (pela bateria) causou condições hipóxicas intratumorais adequadas ao longo de 14 dias, o que é útil para os pró-fármacos ativados por hipóxia (HAPs) matarem as células tumorais”.

Outros métodos para causar a hipóxia em células cancerígenas também são testados hoje, porém nenhum conseguiu criar condições favoráveis em um período de tempo tão curto, explicam os pesquisadores. “A maior vantagem da bateria implantável é a capacidade de manter um ambiente hipóxico contínuo do tumor por um longo período de tempo (um curso de tratamento, 14 dias) por implantação única”.

No experimento, a equipe implantou a bateria nas axilas dos camundongos com câncer de mama. No total, foram 25 animais avaliados – cinco deles com o implante da nova tecnologia junto aos medicamentos. Nestes cinco, após duas semanas, os tumores haviam encolhido cerca de 90% e, para quatro deles (80%), o câncer desapareceu completamente, algo que não foi observado nos outros participantes.

“Além disso, a bateria exerceu uma prevenção de 100% da tumorigênese (formação de novos tumores) com base na produção de ROS (sigla para "espécies reativas de oxigênio") durante a redução de oxigênio na bateria”, escreveram os pesquisadores.

O estudo foi pequeno e com animais, há ainda questões de segurança e de estabilidade que precisam ser avaliadas para que os testes com humanos possam ter início. No entanto, os cientistas consideram os resultados promissores para o desenvolvimento de novos tratamentos para o câncer.

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