Medicina
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Por AFP

A vacinação infantil na América Latina e no Caribe regrediu dramaticamente para níveis de 30 anos atrás, em parte devido à pandemia de Covid-19, e agora 25% das crianças carecem de imunizações "críticas", alertou o Unicef ​​na última quarta-feira.

"Esta é uma das crises de vacinação infantil mais graves que a região já viu em quase 30 anos "disse o diretor do Unicef para a América Latina e o Caribe, Garry Conille, em comunicado.

"Por muitos anos", a América Latina teve "uma das taxas de vacinação infantil mais altas do mundo, agora tem uma das mais baixas", acrescentou Conille.

A situação da América Latina aparece em um relatório divulgado pelo Unicef ​​intitulado “A situação da infância no mundo 2023: para cada infância, vacinação”.

Nesse relatório, a agência da ONU aponta que a cobertura da terceira dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche entre menores de um ano caiu 18 pontos percentuais, passando de 93% em 2012 para 75% em 2021.

"Esta é a taxa de vacinação de rotina mais baixa da região em quase 30 anos, colocando a América Latina e o Caribe abaixo da média global (81%) e um pouco à frente da África Oriental e Meridional (74%)" afirmou o Unicef.

A região ainda registra "o maior declínio global na última década", alertou.

Deixaram de priorizar a vacinação

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, na América Latina existem 2,4 milhões de crianças menores de um ano (uma em cada quatro) desprotegidas contra doenças evitáveis ​​por falta de vacinação completa. Além disso, 1,7 milhões nunca foram vacinados.

Venezuela (27%), Brasil (26%), Haiti (25%) e Bolívia (25%) registram os maiores percentuais de crianças menores de um ano sem vacina, ao contrário de Costa Rica, República Dominicana, Cuba, Chile e São Vicente e Granadinas, todos com apenas 1% de não imunizados.

Haiti (24%), Panamá (19%) e Venezuela (17%) têm o maior percentual de crianças menores de 12 meses com vacinação incompleta, enquanto Belize, Cuba e Costa Rica não apresentam casos.

— Falamos de quase todas as vacinas do programa de imunização, mas as que mais nos preocupam são as de difteria, tétano e coqueluche”, disse à AFP Ralph Midy, assessor de imunizações do Unicef para a América Latina e o Caribe.

— Tanto os governos quanto os organismos internacionais deixaram de priorizar a questão da imunização na região — acrescentou.

Deficiências desencadeadas pela pandemia

A situação fez com que doenças como difteria, sarampo e poliomielite, que se pensava terem sido erradicadas em muitos países, reaparecessem.

Segundo o Unicef, uma das principais causas da queda nos níveis de imunização na América Latina e no Caribe é a pandemia de Covid-19. No entanto, especificou que anteriormente já havia um declínio devido a problemas estruturais, falta de investimento nos cuidados primários, escassez de profissionais qualificados, vacinas e recursos.

— A instabilidade política e social prolongada piorou nos últimos 10 anos, criando dificuldades em diferentes países — disse Midy.

— A pandemia exacerbou os desafios que a região já enfrentava antes, interrompendo a vacinação infantil devido às intensas demandas dos sistemas de saúde e às medidas de contenção — acrescentou.

Além disso, os movimentos anti-vacinas "certamente tiveram um impacto, embora seja difícil medir exatamente", concluiu Midy.

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