Saúde
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Por — Rio de Janeiro

O Ministério da Saúde anunciou nesta semana ter incorporado cinco novos tratamentos ao rol de ofertados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os medicamentos são direcionados a pacientes que vivem com HIV de forma multirresistente, câncer de pulmão, crianças e jovens com asma, câncer no cérebro e doença de Crohn.

A partir da publicação oficial da decisão de incorporar uma técnica no SUS, as regras estabelecem um prazo máximo de 180 dias para que sua oferta seja efetivada na prática. A expectativa do ministério é que, nos próximos cinco anos, mais de 14 mil brasileiros sejam beneficiados com as incorporações.

Para pessoas que vivem com o HIV, o remédio incorporado é o fostensavir trometamol 600 mg, uma alternativa destinada a pacientes adultos multirresistentes aos antirretrovirais disponíveis atualmente. Porque, nesses casos, os medicamentos usuais não conseguem reduzir a carga do vírus e impedir a evolução para a síndrome que caracteriza a aids.

“A última incorporação para pessoas multirresistentes ocorreu há oito anos, com a entrada da etravirina 200 mg. Desta forma, a expectativa é de beneficiar 72 pacientes no 1º ano e aproximadamente 769 pacientes no 5º ano”, diz o ministério, em nota.

Em relação ao câncer de pulmão, o medicamento incorporado é o durvalumabe, destinado a um tipo específico da doença, o de células não-pequenas (CPCNP) estágio III irressecável. É recomendado quando o tumor não pode ser removido cirurgicamente e não piorou após o tratamento com quimioterapia e com radioterapia, segundo a pasta. “Com a medicação, a previsão é tratar 36 pacientes no 1º ano e 187 até o 5º ano”, continua.

Outra medida foi a ampliação do uso do medicamento mepolizumabe 100 mg/mL para aqueles com asma eosinofílica grave refratária, já disponível no SUS para adultos, para a faixa etária de 6 a 17 anos. “O uso do medicamento busca melhoria na condição de vida do paciente, com redução de crises e agravamento da doença. A população beneficiada no 1º ano é estimada em 22 pacientes, e sobre para 110 no 5º ano”, diz o ministério.

No caso da doença de Crohn, condição intestinal inflamatória e crônica, será ofertada no SUS uma técnica de monitoramento da calprotectina fecal. A calprotectina é uma proteína detectada por meio de exame de fezes que atua como um biomarcador para indicar atividade inflamatória no intestino. Essa observação auxilia no acompanhamento do diagnóstico do paciente.

“Essa é, inclusive, mais uma alternativa para monitoramento de pacientes, sendo menos invasiva - atualmente, é realizado por meio de exames de sangue, tomografia computadorizada e colonoscopia, exame padrão e mais invasivo. A expectativa é de atender 10.974 pacientes elegíveis no 1º ano e 12.331 no 5º ano”, diz o ministério.

Por fim, a pasta também anunciou a incorporação de um método de monitoramento das funções neuronais, utilizado em cirurgias para retirar tumores no cérebro, chamado de MION. “O procedimento funciona como um auxílio à equipe de profissionais de saúde durante a realização de atos cirúrgicos complexos, diminuindo o risco de lesões irreversíveis nos pacientes”, diz.

A expectativa é que a técnica beneficie 448 pacientes no primeiro ano e 747 pacientes até o quinto ano no SUS. Além disso, o Ministério da Saúde avalia a incorporação do MION para outras doenças e condições cirúrgicas.

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